Mais uma demora em postar coisas, mas a vida de professor é um pouco conturbada, principalmente em finais de semestre.
Hoje estive pensando sobre a capacidade humana de "Olhar o que não se vê". Pode parecer um paradoxo, mas é bem simples. Conforme vamos amadurecendo, somos capazes de encontrar diversas nuances em coisas que até então pareciam óbvias, ou seja, que aparentemente não apresentariam nenhuma nuance.
Como sociólogo e professor de filosofia/sociologia, encontro várias definições sobre a incapacidade de podermos atravessar essa "NEBLINA COGNITIVA" que tanto nos impede de irmos "além do óbvio":
Platão: Os sentidos no iludem.
Francis Bacon: Os Ídolos (da caverna, da tribo, do fórum e do teatro).
Marx: A alienação.
Nietzsche: Uma infinidade de fatores, destaco aqui o Cristianismo como um deles.
Weber: A burocracia
Não vou expandir o sem-número de autores que abordam essas questões, até porque para um blog isso seria inviável.
Mas vale lembrar que quanto mais nos surpreendemos e observamos o que nos rodeia, mais essa "neblina" se dissipa e conseguimos nos orientar.
Ver através da neblina é agradável? é bom? São o tipo de pergunta que já abordei nesse Blog. No entanto, quando estamos perdidos, a tendência de sermos "orientados" por alguém existe e é latente. Será que esse "alguém" (ou "algo" ou "alguéns") está bem-intencionado em nos guiar?
Fica a dica.
Abraços a todos!
.